A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, ou 16ª. Sessão da Conferência das Partes do Protocolo de Kyoto, a COP-16, realizada entre 29 de novembro e 10 de dezembro de 2010 na cidade de Cancún no México surpreendeu os líderes mundiais e aos bioativistas com o fechamento de um acordo climático entre as nações. Considerou-se previamente que a COP-16 seria um fracasso, visto que e, 2009 na COP-15, em Copenhague, com a presença de 150 líderes mundiais não foi assinado um acordo entre as partes. Nasceu apenas um pequeno tratado, entre 10 países que voluntariamente se comprometeram a manter o aquecimento global em no máximo 2ºC e em Cancún nenhum líder das nações estaria presente, apenas representantes.
No último dia de conversas a presidente da conferência Patricia Espinosa divulgou que os 194 (193) países participantes acataram o acordo climático, modesto, mas que prevê a criação de um Fundo Verde até o ano de 2020 para auxiliar os países emergentes a evitar o aquecimento; um mecanismo de proteção das florestas tropicais (lê-se Amazônia, principalmente); reduzir ao máximo a emissão de gases CO2, responsáveis pelo Efeito Estufa além de criar um mecanismo legal, obrigando os EUA e a China a aceitarem as cláusulas do Tratado de Kyoto.
Kyoto
O acordo assinado em Cancún está longe de ser tão rígido como o assinado em Kyoto, no Japão.
Ele prevê cortes drásticos na emissão de CO2 pelos que o acataram. 5,2%, dos níveis emitidos em 1990 até 2012 que não precisa ser substituído, todavia acatado e respeitado por todos, visto que as grandes potências mundiais, responsáveis pela maior parte da poluição, EUA e China não admitem “Kyoto” e dos países que assinaram o acordo, até agora apenas os da União Europeia cumprem os prazos e exigências.
Impasse
O representante enviado pela Bolívia não aceitou assinar o Acordo de Cancún. Pablo Sólon afirmou que a presidenta da Conferência não seguiu as normas impostas pela ONU, de aprovar um acordo apenas com o consentimento de todos os 194 países-membros "Hoje se rompeu uma regra estabelecida no marco das Nações Unidas, e isso gera um precedente funesto. Os que estão aí sabem o que fizeram, tudo para impor uma posição".
A Bolívia não aceitou o acordo por considerar que ele “abre-portas” para derrubar o tão rígido Protocolo de Kyoto, protegendo as nações desenvolvidas.
Os EUA por mais incrível que parece apoiaram o acordo e fizeram campanha por ele: “Vamos fazer esse acordo”, disse o enviado especial Todd Stern. A China também apoiou, afirmando que será “pró-ativa” e “continuará o esforço para um desenvolvimento limpo”.